10 de julho de 2013

[Lista] - 6 razões para gostar de ler


Como eu sei que nem todo mundo gosta de ler, resolvi listar algumas razões que podem servir de incentivo para quem ainda não tem esse hábito que além de muito prazeroso, só traz benefícios.

01. Tenha mais assunto
Quanto mais você lê, mais assuntos você domina e sabe falar sobre. Por exemplo: quando eu tinha 10 anos, nunca tinha tido aula sobre a 2ª Guerra Mundial, mas mesmo assim sabia conversar sobre o assunto, porque já tinha lido O Diário de Anne Frank, onde aprendi muito sobre a guerra e o sofrimento dos judeus.

02. Tem sempre alguém que te entende
Seja o autor, um dos personagens ou alguém que gosta do mesmo livro que você. Uma das melhores sensações para mim é quando estou lendo e encontro aquilo que penso/sinto em um parágrafo. E melhor ainda é quando acho uma pessoa que gosta do mesmo livro que eu. Isso rende horas e horas de discussão sobre a mesma coisa: opinião sobre o fim da história, qual o personagem preferido, etc. (E olha o tópico 1 aqui de novo!) 

03. Conhecimento nunca é demais
Cada livro nos traz uma história diferente e podemos tirar proveito de todas elas. Não importa se você está lendo sobre a guerra, alguém com câncer, um defunto autor, a vida no circo ou uma menina que perdeu os pais ainda pequena. Sempre há algo novo para aprender e os livros estão aí para isso!

04. Viaje sem sair do lugar
Além de um ótimo método de relaxamento e excelente forma de trabalhar a imaginação e a criatividade,  a leitura pode te levar para lugares onde você nunca esteve antes. Por exemplo: no livro que estou lendo os personagens vivem em Siena. Nunca estive na Itália antes, mas quando leio parece que consigo até mesmo respirar os ares de lá e viajo imaginando as lindas construções que a autora descreve.

05. Vocabulário
Não adianta. Só fala e escreve bem quem lê. É bem mais fácil se expressar quando se tem conhecimento sobre um maior número de vocábulos. E também fica bem mais fácil escrever uma palavra quando você sabe que já a viu em algum lugar antes. Isso pode parecer bobeira, mas em uma entrevista de emprego ou qualquer outro ambiente mais formal, falar e escrever corretamente é essencial.

06. O mundo precisa de pessoas que pensam
Além de nos ajudar a criar uma opinião própria sobre determinado assunto, um livro nos faz aprender a pensar e questionar o que está ao nosso redor. De pessoas que agem e pensam sempre igual, o mundo já está cheio. Lembre-se: nunca é tarde para mudar e aprender a pensar por si mesmo.

É isso. No começo é mais difícil, mas depois de alguns bons livros é impossível parar de ler. Tentei colocar coisas que sei por experiência própria, usando exemplos que eu mesma vivenciei. Espero que tenha conseguido dar um empurrãozinho em quem ainda não tem esse hábito maravilhoso. Livros só trazem coisas boas, gente! :)

Ah! Quem tiver alguma outra boa razão para gostar de ler e quiser compartilhar, é só colocar aqui nos comentários. 

7 de julho de 2013

Os Diários de Carrie | Candace Bushnell


Nunca assisti a um episódio da série Sex and the City, mas quando soube do que se tratava Os Diários de Carrie fiquei muito interessada e louca para ler o livro. Primeiro, porque ao ler a sinopse me identifiquei de cara com a protagonista. E segundo, porque sempre tive vontade de viver minha adolescência nos anos 80, com todas aquelas bandas legais que confesso ouvir por influência dos meus pais.

Neste livro conhecemos a história de Carrie Bradshaw, uma adolescente que mora numa cidade do interior, está no último ano do ensino médio e sonha em se tornar uma escritora famosa e se mudar para Nova York. Conhecemos também a vida e os dramas de seus melhores amigos, personagens secundários tão bem construídos e de suma importância ao desenrolar do livro. Carrie e seus amigos são inseparáveis, até que Sebastian Kydd, um cara lindo e muito charmoso, chega e agita tudo à sua volta.

Candace Bushnell escreve de forma deliciosa, de um jeito que é impossível terminar um capítulo e não querer ler outro e mais outro. Acabei lendo mais da metade do livro em uma noite por conta disso.


Os personagens secundários também têm vários problemas e, digamos, vida própria. Apesar de a protagonista contar a história, não é só o que acontece com ela que vemos. Foi incrível perceber o rumo que as coisas tomaram e como foi que a história terminou para cada um deles. Mouse, a amiga tão inteligente e esperta, e Walt, o amigo sensível, gentil e fofo, foram dois dos personagens que mais me conquistaram e me fizeram torcer por eles. Já Carrie é uma garota forte e decidida. Enquanto seu sonho de ser escritora não se torna realidade, ela aceita desafios e se dispõe a fazer coisas que nunca havia pensado fazer antes para conseguir o que tanto quer. Conforme acompanhamos seus relacionamentos e crises, percebemos seu amadurecimento e crescente confiança quanto à própria escrita.

“Depois de algum tempo, subi as escadas e peguei a caixa com minhas velhas histórias, e tentei me confortar imaginando um futuro melhor, onde eu moraria em Nova York e escreveria livros e teria uma vida completamente diferente. Imaginei meu futuro como uma joia enterrada dentro de mim, de onde não podia ser roubada nem se eu ficasse presa em Bralcatraz pelo resto da vida.” Pág 295
O único ponto negativo e que me irritou um pouco (razão de eu não ter dado 5 estrelinhas lá no Skoob) foi como Carrie ficou depois que Sebastian entrou em sua vida. É verdade que gente apaixonada fica meio cega e não percebe o que acontece ao seu redor, mas eu sabia que ela tinha potencial para ser – e merecer – muito mais que aquilo. Ainda bem que no fim tudo se ajeitou e eu pude reconhecer a personagem de quem tanto gostei e me identifiquei. 

No final do livro a autora foge do clichê e nos prova que é um tanto quanto feminista, fato que me agradou muito.

Não é o tipo de obra que vai mudar sua vida, mas é uma leitura gostosa e divertida, capaz de te levar a uma montanha-russa de emoções.

P.S.1: A capa é absurdamente linda e chamativa, fiquei apaixonada!
P.S.2: Achei que o livro e a série fossem mais parecidos, mas fiquei bem surpresa com a diferença dos enredos. A essência é a mesma, mas o restante é bem diferente. 

Editora: Galera Record
Autora: Candace Bushnell
ISBN: 9788501087171
Páginas: 399

3 de julho de 2013

A Culpa é das Estrelas | John Green


Não é à toa que A Culpa é das Estrelas fez (e faz) tanto sucesso. Depois de ler tantas resenhas do livro e ouvir muitas pessoas comentando sobre, finalmente pude ler e até agora não encontrei uma palavra que possa descrever o que eu senti enquanto lia e, melhor ainda, o que eu senti quando terminei de ler. Um vazio; uma vontade de voltar no tempo e poder ler tudo de novo como se já não soubesse o final.

Hazel Grace é uma garota de 16 anos que tem câncer nos pulmões. Ela frequenta um grupo de apoio a crianças com câncer para agradar sua mãe e em um dos encontros do grupo ela conhece Augustus Waters, um jovem de 17 anos lindo - muito lindo! - que perdeu uma das pernas para o câncer e agora usa uma prótese. E é aí que toda a história começa.

Preciso dizer que desde o começo os personagens me conquistaram. Hazel Grace por ser tão realista e em nenhum momento ter tentado fazer com que alguém sentisse pena dela. Pelo contrário. Ela tinha consciência de si e da sua doença mas não queria que sentissem dó ou coisa parecida. Hazel sempre foi muito forte, mais por sua família do que por si mesma, deixando bem claro para o leitor todos os seus medos e inseguranças. Já Augustus me conquistou apenas por ser o Augustus. Um personagem irônico, engraçado e apaixonante, que tinha medo de morrer e ser completamente esquecido, sem deixar sua marca no mundo.

Com personagens muito bem construídos e uma narrativa simples e gostosa, este é um livro que te faz rir e chorar ao mesmo tempo, que te faz parar para pensar sobre o real sentido da vida e o que é importante de verdade. Ele não é só sobre câncer (que aliás, é tratado de maneira simples, para que todos possam entender); é também sobre o amor, a amizade e a família.

É bem difícil falar sobre a história e tentar explicar o que ela me fez sentir, mas Hazel definiu exatamente o que eu sinto ao pensar em A Culpa é das Estrelas quando definiu o que sentia sobre seu livro preferido:

"Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como Uma Aflição Imperial, do qual você não consegue falar - livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição." págs 36 e 37
Recomendo esse livro para quem quer que seja, porque todo mundo merece o prazer de conhecer esta história maravilhosa, com personagens tão reais e incríveis que permanecem vivos em nossas mentes até bem depois da última página, como se tivessem existido de verdade.

Ah, John Green! Eu leria até a sua lista de compras de supermercado! 

Editora: Intrínseca
Autor: John Green
ISBN: 9788580572261
Páginas: 283